SÃO PAULO - A Pepsico do Brasil terá de pagar uma indenização de R$ 420
mil por ter vendido o achocolatado Toddynho contendo detergente em cidades
do Rio Grande do Sul, em 2011. A empresa firmou um termo de ajustamento
de conduta com o Ministério Público do Estado (MPE-RS),
comprometendo-se a adotar todas as medidas necessárias para evitar
incidentes semelhantes.
Em 2011, ao menos 39 pessoas de 15 municípios do RS passaram mal e
relataram ardência ou irritação na mucosa da boca ao ingerir o produto.
No dia 30 de setembro, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde
do Rio Grande do Sul determinou a interdição cautelar do achocolatado,
depois de análises laboratoriais mostrarem que cerca de 80 unidades de
200 ml possuíam um pH muito alto para um alimento. A venda ficou
proibida em todo o Estado até o dia 11 de setembro.
Na época, a Pepsico declarou que o problema aconteceu durante a limpeza
de equipamentos na fábrica responsável pelos lotes, localizada em
Guarulhos, na Grande São Paulo. Uma das linhas envasou algumas
embalagens com uma mistura de água e detergente, informou a empresa.
O compromisso de ajustamento firmado com o MPE-RS foi celebrado pela
Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor e prevê indenização por
danos difusos a duas entidades: R$ 390 mil ao Fundo da Infância e
Juventude do Estado do Rio Grande do Sul e R$ 30 mil à Fundação do Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento.
A Pepsico também se compromete a doar equipamentos à Fundação Estadual
de Proteção Ambiental (Fepam), realizar recalls e disponibilizar
atendimento especializado
aos consumidores, além de adotar medidas de implementação, alteração ou
substituição de suas linhas de produção. O acordo com o MPE-RS não
anula as ações individuais movidas pelas vítimas na Justiça. A Pepsico
foi procurada para comentar o acordo, mas ainda não se manifestou.
(Felipe Tau, estadão.com.br/11h36)
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