Em
julho do ano passado, a empresa chinesa Shan Dong Dong E.E. Jiao Co.
Ltda. firmou um protocolo de intenções com o governo do Rio Grande do
Norte visando à importação de 300 mil jumentos nordestinos por ano. O
anúncio, que chegou a gerar uma onda de protestos de protetores de
animais e defensores do jegue, não deslanchou. "O Estado não voltou a ser procurado nem pelo governo chinês, nem por fazendeiros", afirmou, nesta semana, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Benito Gama. "Ficou na intenção".
De acordo com o protocolo, a empresa chinesa se encarregaria da
assistência técnica com melhoria da genética e alimentação, enquanto o
governo do Rio Grande do Norte buscaria linhas de crédito. O objetivo
era a criação do animal para comercialização e industrialização da carne
e derivados. A mão de obra local seria utilizada e o preço do animal,
compatível com o mercado. Agricultores familiares seriam organizados e
inseridos como produtores de jegues.
A idéia foi bem recebida pelo Rio Grande do Norte, pois a exportação
criaria uma nova cadeia econômica no Estado, ao mesmo tempo em que seria
solução para os jumentos abandonados por donos de terra. Especialmente
depois da política de distribuição de renda do governo federal e
facilidades de crédito para compra de motos, que passaram a substituir
os animais no trabalho de cercar o gado, buscar água e transportar
materiais e pessoas.
O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Jumento
Nordestino, Fernando Viana, também chegou a aprovar a proposta, desde
que o preço fosse "justo".
O projeto, no entanto, não foi à frente. Na época, a informação era a
de que um grupo de empresários chineses teriam percorrido da Bahia ao
Rio Grande do Norte, interessado na compra dos animais, mas apenas o
governo do Rio Grande do Norte foi procurado formalmente.
Fonte: Estadão via Portal Paraiba
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