A Anvisa decidiu proibir os cigarros de sabores e aromatizados porque eles incentivam o fumo entre os menores de idade, inclusive crianças.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que a venda de cigarros aromatizados e com sabores está proibida no Brasil. A resolução foi aprovada ontem (13) por unanimidade e os fabricantes terão um prazo para se adequar as novas regras.
Os cigarros de chocolate, cravo, menta, cereja, morango e outros aditivos foram banidos porque incentivam novos fumantes no Brasil. Na verdade as substâncias que interferem no gosto não afetam mais do que o próprio fumo já faz, porém possui maior possibilidade de vício.
O açúcar continua
Mesmo com a proibição da maioria dos sabores e aromas, o açúcar ainda é uma substância permitida na composição do cigarro. Ele atua no processo de secagem das folhas do tabaco e repõe a perda de determinadas propriedades. Por essas e outras o açúcar ainda consta na lista de produtos lícitos.
O açúcar na composição do fumo não torna o cigarro mais atrativo, na verdade o seu uso consegue adequar o tabaco para a atividade de produção da indústria de cigarro.
Entenda a proibição
Os especialistas da Anvisa procuraram avaliar os cigarros com sabores e aromatizados e desenvolveram uma série de pesquisas antes que a nova medida fosse regulamentada. Segundo os pesquisadores que defenderam a proibição, os aditivos funcionam como uma armadilha que incentiva o hábito de fumar.
Crianças e adolescentes começam a se viciar no tabaco devido ao primeiro contato com os cigarros dotados de sabores. As substâncias adicionais deixam o gosto ameno, tornando a experimentação mais agradável do que seria com a versão tradicional.
Como ficam as indústrias de tabaco?
Nos últimos anos, registrou-se um crescimento no número das empresas especializadas em cigarros aromatizados e com sabores. Estima-se que, atualmente, cerca de 600 aditivos sejam usados na fabricação de cigarros no Brasil.
A indústria de tabaco se posicionou a favor da decisão da Anvisa, não contestando o fato de alguns tipos de cigarros estarem com os dias contados no mercado. As empresas concordam com o fim dos aditivos frutais e adocicados, mais acreditam que os sabores de mentol e cravo deveriam ser mantidos.
Os fabricantes de cigarros terão 18 meses para se adequar as normas da Anvisa, enquanto as empresas responsáveis por fumo para cachimbo contarão com o período de 24 meses para se adequar a resolução. A nova regra também é aplicada para as atividades de importação, tornando ilegal a entrada de cigarros com aditivos proibidos.
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