Alguns administradores de universidades reclamam que não possuem estrutura suficiente para conseguir viabilizar a demanda exigida pelo projeto.
As universidades participantes do programa Ciência sem Fronteiras, apresentado em junho de 2011, se questionam com relação a sua capacidade de envio de estudantes para estudar fora do país. A demanda é maior do que a oferta de bolsas e a resposta das instituições de ensino não são das melhores. O grande problema é com relação a mão de obra e a infraestrutura desses espaços educacionais. Não existe quantidade suficiente de professores habilitados para cuidar da seleção e encaminhamento dos graduados para as universidades fora do país.
Para os administradores das universidades em questão
alguns pontos não ficaram claros, como por exemplo: com que países o
governo federal quer estreitar laços, de que maneira será medido o
sucesso do programa e com que diretrizes as instituições nacionais vão
elaborar seus programas para receber esses intercambistas na volta,
melhorando a qualidade do ensino nacional.
Apesar dessas divergências as instituições de ensino reconhecem que o programa é excelente, pois as bolsas possuem muitas qualidades para educação
nacional. O espaço de tempo curto entre a implantação do projeto e o
embarque do primeiro grupo de estudantes, foi um dos pontos positivos
apontados.
É pré-requisito do programa o conhecimento de uma língua estrangeira.
Essa norma, para alguns especialistas acaba elitizando o programa, já
que a segunda língua, em geral, é privilégio de alunos com melhores
condições financeiras. Com o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que
facilita o ingresso de estudantes de baixa renda a universidades por
meio do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a exigência de uma língua
estrangeira para a participação do Ciências Sem Fronteira,
mais uma vez, coloca uma barreira entre as pessoas com condições
financeiras melhores, com relação a quem é classificado como pobre.
Com relação ao conhecimento de inglês, o ministro Aloizio Mercadante
(Educação) declarou, através de nota, acreditar que o programa Ciência
sem Fronteiras seja “um estímulo para que os estudantes adquiram
proficiência em outras línguas”. Na visão dele, as críticas são
bem-vindas para o aprimoramento da política.
Mundodastribos
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