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01 maio 2012

Falta de planejamento do Ciência sem Fronteiras recebe críticas

Alguns administradores de universidades reclamam que não possuem estrutura suficiente para conseguir viabilizar a demanda exigida pelo projeto.

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As universidades participantes do programa Ciência sem Fronteiras, apresentado em junho de 2011, se questionam com relação a sua capacidade de envio de estudantes para estudar fora do país. A demanda é maior do que a oferta de bolsas e a resposta das instituições de ensino não são das melhores.  O grande problema é com relação a mão de obra e a infraestrutura desses espaços educacionais. Não existe quantidade suficiente de professores  habilitados para cuidar da seleção e encaminhamento dos graduados para as universidades fora do país.

Para os administradores das universidades em questão alguns pontos não ficaram claros, como por exemplo: com que países o governo federal quer estreitar laços, de que maneira será medido o sucesso do programa e com que diretrizes as instituições nacionais vão elaborar seus programas para receber esses intercambistas na volta, melhorando a qualidade do ensino nacional.
Apesar dessas divergências as instituições de ensino  reconhecem que o programa é excelente, pois as bolsas possuem muitas qualidades para educação nacional. O espaço de tempo curto entre a implantação do projeto e o embarque do primeiro grupo de estudantes, foi um dos pontos positivos apontados.

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É pré-requisito do programa o conhecimento de uma língua estrangeira. Essa norma, para alguns especialistas acaba elitizando o programa, já que a segunda língua, em geral, é privilégio de alunos com melhores condições financeiras. Com o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que facilita o ingresso de estudantes de baixa renda a universidades por meio do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a exigência de uma língua estrangeira para a participação do Ciências Sem Fronteira, mais uma vez, coloca uma barreira entre as pessoas com condições financeiras melhores, com relação a quem é classificado como pobre.
Com relação ao conhecimento de inglês, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) declarou, através de nota, acreditar que o programa Ciência sem Fronteiras seja “um estímulo para que os estudantes adquiram proficiência em outras línguas”. Na visão dele, as críticas são bem-vindas para o aprimoramento da política.
 Mundodastribos

 

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