Murray deve cumprir a pena na prisão de Los Angeles e já tem um crédito de 46 dias cumpridos. No entanto, de acordo com uma nova lei da Califórnia, é possível que o médico não fique na prisão do Estado, e sim numa prisão local, em que irá cumprir, no máximo, metade do tempo previsto.
Assim como no julgamento, que durou seis semanas e foi até o dia 7 de novembro, o médico ouviu o veredicto com a expressão imóvel. A acusação voltou a dizer, em uma espécie de resumo do caso, que o cardiologista foi responsável pela morte do cantor e que abandonou Michael no momento em que ele mais precisava de cuidados médicos.
Jackson sofria de insônia crônica, e precisava do auxílio de calmantes para dormir. O resultado da necropsia do cantor, que morreu em 25 de junho de 2009, apontou como causa da morte uma overdose provocada pela mistura de lorazepan e propofol.
Julgamento
Durante o julgamento, a defesa afirmou que Michael provocou a própria morte, ao aproveitar a ausência temporária do médico para tomar uma dose extra de medicação e anestésicos. Já a defesa de Conrad Murray tentou provar que Michael Jackson foi o responsável por sua morte.O grupo de 12 jurados chegou ao veredicto da condenação unânime após menos de nove horas de deliberação.
Numa rápida entrevista após o anúncio da decisão, o promotor David Walgren agradeceu o juiz e os jurados. Também citou a família Jackson, que "sofreu a perda de um filho, de um pai, de um irmão".
No dia em que Murray foi considerado culpado da morte do cantor, familiares de Jackson emitiram comunicado em que diziam estar muito felizes com o resultado. "Esperamos este momento por muito tempo, e não pudemos segurar as lágrimas de alegria no tribunal. Mesmo que nada possa trazer nosso filho de volta, a justiça finalmente foi feita!"
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